sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

BENAZIR-UM REQUIÉM PAQUISTANÊS

Uma tsunami de pavoroso belicismo varreu o Paquistão:
engolfado por gritos & estupefações, o luto se ergueu dos escombros.
O shofar da esperança, teve temporariamente o som suspenso.
-Mataram Benazir!- Mataram Benazir!Donas de anônimas
burcas que emolduravam esses gritos engasgados, não cessavam de bradar.
Mais um á juntar-se nos sangues ancestrais dos mártires paquistaneses.
Teria sido a esperança de liberdade de um povo, soterrada nos escombros da fatalidade?
Como os judeus de 2000 atrás, eles ainda aguardam por um libertador brandindo armas terrenas e entoando gritos de guerra.
A pomba da paz teria que fatalmente, ter suas penas respingadas pelo sangue inimigo. Envolta nesses pensamentos,percebo na tela do Jornal Nacional
O esquife branco que passa tão rápido como a aflição da massa que aflui amorfa em sua dor.
A noticia ainda trôpega corre o mundo.
1.000000 de litros de lágrimas irrigaram o solo.
Tudo mais rápido que a explosão e morte de um homem-bomba.
E quem deu a ordem de comando para a explosão?
Continua vivissímo, rindo num esgar maléfico, brindando com a sangria ainda não coagulada o saldo da carnificina. Ainda em meados de outubro, Seus dedos assassinos engastados de anéis, teclavam nervosamente num imenso computador. Ao comando de ENTER , fios invisíveis emergiam do comando.
Há cerca de 2oo metros,estes fios perfuravam a camada rochosa de uma caverna , onde vários terroristas se reuniam.O eco eletromagnético emitido
pelos fios, penetrava subliminar e incisivamente por dias, incessante, preciso ,
no inconsciente daqueles homens.
O véu mais do que fisico, espiritual, encobrindo seus sentidos,não fez com que discernissem o verdadeiro emissor da voz que dizia:"Matem Benazir!Matem Benazir!".Usando como receptáculo naqueles que fossem patriotas e altruistas-
o desejo de libertar o povo da hegemonia americana; nos que fossem ambiciosos, a voz instigava o desejo de poder.No grupo intermediário, o dos que nada tinham a perder, a voz liberava golfadas de ira,violência e loucura .
Ela os aliciava com a persistente destreza de um encantador de serpentes.
No Dia Fatal, eles saem em bandos ocultos, hipnotizados,abduzidos como zumbis de um filme B.
Silêncio e Caos.Em meio ás gargalhadas emitidas pelo malvado ser milenar,Um cheiro imperceptível de enxofre varou os céus de Cabul.







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